quinta-feira, 31 de março de 2011

Simetria e energia



Pense num católico rezando com as mãos espalmadas, num judeu com os dedos entrecruzados... num monge indiano meditando, agora num muçulmano rezando em direção a Meca... notou uma coisa? Simetria! Todos eles estão em posição simétrica, se você passar uma linha vertical dividindo seus corpos ao meio as duas metades serão sempre idênticas e simultaneamente opostas. Rezar, meditar, é buscar sempre o centro. Observe isso e procure sempre ser o centro dentro de você, ou estar em sintonia com esse centro.


Energia
A natureza da energia é mudança, ela flui, fluiu e vai fluir eternamente, nossa única forma de adquirir potência é justamente garantir que essa energia esteja circulando através do nosso centro, dos nossos critérios, do nosso equilíbrio interno. Caso contrário nos sentiremos sempre "fora do eixo".


Flutuação e centro
Você tem diferentes humores? Então você flutuações energéticas! Ótimo, isso é sinal de que você está vivo e que opera mudanças ao longo da sua vida. Só o universal e estagnado são os realmente patológicos e problemáticos. O que importa é conseguir controlar o fluxo dessas energias inevitáveis porque necessárias à vida. Como dizia Heráclito de Éfeso: "Panta rei", "tudo flui". A natureza da vida é mudança, mas o fato de que mudanças são inevitáveis não é suficiente para concluirmos rasteiramente que qualquer mudança é benéfica. Muitas mudanças podem ser péssimas e cabe a nós operarmos, nesse momento, as novas mudanças necessárias ao reestabelecimento de um equilíbrio chamado "equilíbrio dinâmico" que é o equilíbrio natural dos processos saudáveis da vida.

Equilíbrio dinâmico
Experimente andar devagar. Experimente andar absurdamente devagar, mais lento do que em uma câmera em "slow motion". Você se sentirá desequilibrado entre os passos. Sequer percebemos que qualquer movimento, mesmo o simples ato cotidiano de caminhar, requer um "desequilíbrio" inicial para que seja efetuado. É o mesmo que tentar levantar da cadeira, em que provavelmente você está agora, sem tirar suas costas da cadeira. Só usando os músculos do quadríceps para levantar, sem o auxílio de um "desequilíbrio" inicial da lombar e do abdômen, é impossível. Tente e divirta-se à vontade.

O equilíbrio dinâmico opõe-se à idéia de equilíbrio estático, de estabilidade, rigidez e fixidez. Ele é uma característica inevitável, porque indispensável à vida. Estamos constamente tendo nossos corpos refeitos por células que morrem e dão lugar a novas células que nascem para morrerem em alguns dias. 



Filtros
Já que o fluxo de energia é inevitável, como a mudança e o desequuilíbrio, mesmo que momentâneo, o que nos interessa é saber administrar bem essa troca inevitável de energias, de vida, esse fluxo de que somos parte. Só a estruturação de um bom filtro, só um real conhecer-se a si mesmo, é capaz de orientar o fluxo energético de que somos compostos em direção a nossas metas, alicerçadas em nossos valores e crenças.


Texto: Renato Kress





segunda-feira, 28 de março de 2011

Revolução da Alma - Paulo Roberto Gaefke

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. 


A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida. 


Quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. 


Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você. Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos: abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu melhor amigo(a) sempre. 


Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto“ para ser feliz. 


Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais. E não se esqueça nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento 


(...)


Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida. A grandeza (da vida) não consiste em receber honras, mas em merecê-las

Texto: Paulo Roberto Gaefke
Texto atribuído erroneamente na internet a Aristóteles.

terça-feira, 22 de março de 2011

A Ilha, o Continente, a mente.

A ilha, a que se chega apenas depois de uma navegação ou de um vôo, é o símbolo por excelência de um centro espiritual e, mais precisamente, do centro espiritual primordial. - Jean Chevalier

A ilha nos mitos e na cultura dos povos
A Síria primitiva, de que fala Homero, e cuja raiz é a mesma que a do nome sânscrito do sol, Suriâ, é uma ilha, a ilha central ou Polar do mundo. Identifica-se com a Tula hiperbórea (a Thule grega), cujo nome se encontra entre os toltecas, originários da ilha de Aztlan (Atlântida?), Tula é a ilha branca, cujo nome (Svetadvipa) aparece nos mitos vixenuístas da Índia e até no Kampuchea (Camboja), onde ele é atribuído ao templo de Prasat Kok Po. A ilha branca é um lugar de "vilegiatura" dos bem aventurados, exatamente como a ilha verde celta (que encerra, aliás, a montanha branca polar), cujo nome se confunde com o da Irlanda. As ilhas primevas nipônicas: Awa, ilha de espuma, e, sobretudo, Onogorojima, formadas pela cristalização do sal que pingou da lança de Izanagi, são, ainda, ilhas brancas. Segundo a tradição muçulmana, o Paraíso terrestre está igualmente situado numa ilha: a do Ceilão. Zeus é originário da ilha sagrada de Creta, pátria dos mistérios.

Centrífuga
Ainda na barriga de nossas mães somos uma ilha, uma pequena (in)consciência inerme num oceano de líquido amniótico. Eis que então emergimos para a luz e nos tornamos lentamente um continente familiar. Esse continente se alarga e novas praias são descobertas nos coleguinhas de colégio, nos vizinhos, professores. Todo o espaço social vai ampliando o reconhecimento do mundo e, através dele, o reconhecimento de si mesmo, nossa percepção e consciência, como se as ondas trouxessem mais e mais pedras e areia e matéria para nossas enseadas. Por algum tempo.

Centrípeta
Após adolescência vêm a redescoberta da ilha. De que nem todos concordam com muito do que pensamos, vemos, ouvimos e sentimos, de que ninguém concorda plenamente com todas as nossas percepções, todas as nossas idéias e projetos e inquietações. E voltamos em busca do centro, um centro que parece cada vez menor. Com o tempo percebemos a necessidade de fortalecer e estruturar esse centro, porque ele será o alicerce para novas e maiores viagens. Só escutando os sons provenientes desse centro, sons que só nós mesmos podemos ouvir e que cuja música depende da nossa percepção e da nossa vibração interna. Sob a viga principal do nosso ser, testando lentamente as fundações e ouvindo a vibração de nosso grafite ou de nosso diamente, frutificamos consciência, valores, caráter até erigirmos um complexo de alicerces chamado personalidade.

Centrífuga
Eis que vem o mundo. Suas pressões e levezas, suas provações e consentimentos, provocações e convites,  limitações e potenciais, angústias e felicidaes, imprevistos e surpresas de todos os tipos. Expandimos nossas percepções até sermos mais, confiamos, nos entegamos à torrente assustadoramente sedutora dos estímulos externos e começamos a reconstruir contatos, espaços, pertencimentos, amizades, idéias, talvez até amores. E esse movimento "para fora" atua como uma onda, expandindo nossas percepções e criações até... que faça como uma onda...

Centrípetas e centrífugas
A saúde mental depende desses momentos, dessas fases de expansão e retração, das percepções, da riqueza de nossa vida interna e externa. Forçar a mente a ficar num momento ou em outro é perder muito das possibilidades da vida, nos cristalizar em constrição de si mesmo ou nos perdermos na dilatação infinita das possibilidades externas. Qualquer universal é patológico.

A Jornada e a Arte
A Jornada do Herói trata das pequenas jornadas que fazemos em busca da melhor construção de nós mesmos para embarcar na grande jornada que é a vida, com seus desafios e méritos. A Arte da Guerra Oriental é o curso de formação em metas e resolução de conflito que usa a PNL para modelar as culturas, religiões, diplomacia e negócios na Índia, China e Japão, oferecendo um leque interpretativo da realidade mais vasto e abrangente. O principal aprendizado da Arte da Guerra não são suas mais de 30 técnicas, mas sim o senso de oportunidade, o momento certo de apliça-las em prol da sua meta e em consonância com seus valores. Tudo em prol do desenvolvimento de heróis e artistas da guerra (especialistas em resolução de conflitos e cumprimento de metas) criativos, autosuficientes, autônomos e saudáveis. Da mente ao corpo. Do corpo à prática. Da prática à compreensão. Construção e percepção. Da ilha ao continente, do continente à mente.

Artigo: Renato Kress
Diretor do Instituto ATENA
Criador e palestrante dos cursos registrados e patenteados
A Jornada do Herói
e
A Arte da Guerra Oriental